15 novembro, 2012
08 novembro, 2012
Pedras na decoração
Nos anos 1950, o hit era cobrir a parede da sala.
Matéria-prima fundamental nas construções da Antiguidade, as
pedras ganharam o status de elemento decorativo nos anos 1950. Depois de cobrir
muros, foram para dentro das casas. Em projetos de importantes arquitetos
brasileiros, como Sérgio Bernardes, sempre havia uma parede da sala, ou pelo
menos a área da lareira, revestida com esse material. O objetivo era quebrar a
monotonia, proporcionar sensações e criar a integração com o exterior. Virou
uma febre na época. Nos anos 1970 e 1980, o material foi substituído por outros
tipos de texturas na decoração.
Resgatadas nos anos 2000, elas voltaram com tudo.
Com sua mistura de estilos, a arquitetura contemporânea
trouxe de volta os revestimentos de pedra para a parede da sala. O trabalho destacava-se no living de
casas projetadas por arquitetos como Márcio Kogan e Mauro Munhoz. Em pouco
tempo, a moda conquistou novos adeptos. A técnica da canjiquinha de pedras
mineiras é a mais procurada. Possui agradável textura, que pode ser valorizada na
sala com iluminação de arandelas. E, diretamente das calçadas
cariocas e paulistanas, outro sucesso é o mosaico português, feito com pedras
cortadas em formato de cubo e encaixadas na parede com pouca argamassa. Não dá
para ficar indiferente.
07 novembro, 2012
OS PIONEIROS DO
DESIGN NO BRASIL
O grito de independência dado na semana entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922
ecoa até hoje na mente de todo brasileiro que trabalha com arte, arquitetura ou
design.
Insatisfeitos com a influência lusitana, a dupla de poetas Mário de Andrade e Oswald de Andrade protagonizou a mais radical ruptura na história
de nossa cultura. Apoiados por intelectuais, eles decretaram o fim do
colonialismo e buscaram uma alma nacional para as artes. Curiosamente, esses
jovens filhos da burguesia paulistana trouxeram da Europa as ideias do
modernismo. A princípio, o movimento tomou corpo em São Paulo, onde, segundo o
historiador Francisco Alembert, os “adeptos pretendiam salvar a metrópole
industrial do atraso do resto do país”. Mas, já na década seguinte, o Rio de
janeiro também se rende ao modernismo.
Mário de Andrade
Oswald de Andrade
O visionário arquiteto Lúcio
Costa convida para ocupar a cadeira de projetos da Escola Nacional de Belas
Artes, na então Capital Federal, o ucraniano Gregori Warchavchik, o mesmo que
em 1925 lança o manifesto Acerca da
Arquitetura Moderna, no qual combatia o ecletismo acadêmico que predominava
na nossa arquitetura.
Lúcio Costa
O partido inovador dos projetos do ucraniano causou furor e
até indignação. O que também ocorria com os interiores decorados pelo suíço
John Graz, o introdutor do estilo art déco entre nós.
A assimilação desse novo jeito de viver foi lenta, gradual e
inexorável.
Assinar:
Postagens (Atom)