08 novembro, 2012

Pedras na decoração



Nos anos 1950, o hit era cobrir a parede da sala. 

Matéria-prima fundamental nas construções da Antiguidade, as pedras ganharam o status de elemento decorativo nos anos 1950. Depois de cobrir muros, foram para dentro das casas. Em projetos de importantes arquitetos brasileiros, como Sérgio Bernardes, sempre havia uma parede da sala, ou pelo menos a área da lareira, revestida com esse material. O objetivo era quebrar a monotonia, proporcionar sensações e criar a integração com o exterior. Virou uma febre na época. Nos anos 1970 e 1980, o material foi substituído por outros tipos de texturas na decoração.






Resgatadas nos anos 2000, elas voltaram com tudo.

Com sua mistura de estilos, a arquitetura contemporânea trouxe de volta os revestimentos de pedra para a parede da sala. O trabalho destacava-se no living de casas projetadas por arquitetos como Márcio Kogan e Mauro Munhoz. Em pouco tempo, a moda conquistou novos adeptos. A técnica da canjiquinha de pedras mineiras é a mais procurada. Possui agradável textura, que pode ser valorizada na sala com iluminação de arandelas. E, diretamente das calçadas cariocas e paulistanas, outro sucesso é o mosaico português, feito com pedras cortadas em formato de cubo e encaixadas na parede com pouca argamassa. Não dá para ficar indiferente.



























07 novembro, 2012



OS PIONEIROS DO DESIGN NO BRASIL


O grito de independência dado na semana  entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922 ecoa até hoje na mente de todo brasileiro que trabalha com arte, arquitetura ou design.
Insatisfeitos com a influência lusitana, a dupla de poetas Mário de Andrade e Oswald de Andrade protagonizou a mais radical ruptura na história de nossa cultura. Apoiados por intelectuais, eles decretaram o fim do colonialismo e buscaram uma alma nacional para as artes. Curiosamente, esses jovens filhos da burguesia paulistana trouxeram da Europa as ideias do modernismo. A princípio, o movimento tomou corpo em São Paulo, onde, segundo o historiador Francisco Alembert, os “adeptos pretendiam salvar a metrópole industrial do atraso do resto do país”. Mas, já na década seguinte, o Rio de janeiro também se rende ao modernismo.


Mário de Andrade



Oswald de Andrade


O visionário arquiteto Lúcio Costa convida para ocupar a cadeira de projetos da Escola Nacional de Belas Artes, na então Capital Federal, o ucraniano Gregori Warchavchik, o mesmo que em 1925 lança o manifesto Acerca da Arquitetura Moderna, no qual combatia o ecletismo acadêmico que predominava na nossa arquitetura.


Lúcio Costa

O partido inovador dos projetos do ucraniano causou furor e até indignação. O que também ocorria com os interiores decorados pelo suíço John Graz, o introdutor do estilo art déco entre nós.
A assimilação desse novo jeito de viver foi lenta, gradual e inexorável.